Campo de Santana – Rio de Janeiro

Aqui no Rio de Janeiro existe um espaço incrível que nós cariocas não damos o devido valor: o Campo de Santana, nós o usamos diariamente como passagem, quando ele deveria ser um lugar para uma tarde de piquenique. Uma pena também que esse espaço está “abandonado” pelas autoridades com muitos moradores de rua que passam o dia ali dentro.

O Campo de Santana tem importância histórica para nosso Estado, foi cenário das principais festas oficiais do Império, e é a maior área verde do Centro do Rio de Janeiro.

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“Breve histórico

No Século XVII, a área fazia parte do que se denominava Campo da Cidade – vasta área além da Rua da Vala, atual Rua Uruguaiana, lugar onde se soltava a reunia o gado para o corte no Matadouro. A região era um vasto areal entremeado por charcos, coberto por vegetação típica de restinga, atravessada por uma vereda que se dirigia aos engenhos dos jesuítas, o Caminho de Capueruçu. A área passou a ser chamada de Campo de São Domingos, quando essa Irmandade obteve autorização para construir a sua modesta igreja.

No início do Século XVIII, surgiram as primeiras chácaras no Campo de São Domingos. Pouco tempo depois, foi erguida a Igreja de N. Sra. de Santana e o Campo passou a ser chamado Campo de Santana. Era tão deserto, que em meados do Século XVIII, o local foi escolhido para o despejo de detritos que eram recolhidos na cidade, uso que foi logo abolido em função da rápida expansão da cidade.

Em 1816, após a chegada de Dom João VI ao Rio, o Campo de Santana recebeu melhoramentos. O vasto campo, aterrado e saneado, havia se tornado uma área ideal para exercícios e manobras militares e grandes festas públicas. A partir de 1822, a área passou a se chamar Campo da Aclamação, em virtude de D. Pedro I lá ter sido aclamado Imperador do Brasil. Recebeu ainda os nomes de Campo de Honra, Campo da Redenção e Campo da Liberdade, voltando a ser nomeado Campo da Aclamação por Dom Pedro II, em 1840. A denominação foi alterada para Praça da República, no início do período republicano, tornando-se definitivamente Campo de Santana em 1965.

Até meados do Século XIX, foram feitas várias tentativas de arborização da grande praça, mas nenhuma com sucesso. Finalmente, o projeto do Campo foi entregue ao paisagista e botânico francês Auguste François Marie Glaziou. A construção, sob a liderança do empresário Francisco José Fialho, se iniciou em 1873 e foi inaugurada em 1880, com a presença de Dom Pedro II. Pelo jardim, de traçado inglês, se distribuíram mais de 60 mil plantas, das quais muitas perduram até hoje. O parque foi dotado de pequenas colinas gramadas e cercado de árvores de copas densas. Foram introduzidos elementos ornamentais como fontes, cascatas, riachos, lagos sinuosos, pedras e pontes rústicas, todos artificiais, executados em concreto e argamassa.

Para a abertura da Av. Presidente Vargas, em 1944, foram cortadas cerca de 60 árvores, sendo a área reduzida em cerca de 1800m2.

Em 1968, o Campo de Santana foi tombado pelo então Estado da Guanabara, em reconhecimento de seu valor histórico e artístico. Em agosto do ano passado o IPHAN também promoveu o tombamento do Parque.”

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/fpj/exibeconteudo?id=4203019

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No local é possível admirar uma diversidade de fauna e flora e também diversos monumentos, como o monumento a Benjamin Constant que foi inaugurado em 1926 e  apresenta fatos históricos ligados à pátria.

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Não deixem de passear por esse belíssimo parque e irão perceber que mesmo estando em umas das principais e mais movimentadas Avs. do Rio de Janeiro, a Av. Presidente Vargas, é possível aproveitar a natureza e apenas o seu “silêncio”.

Essa maravilha urbana tem fácil acesso, fica na Praça da República s/n na área central da cidade, em frente a estação de trem Central do Brasil e também conhecida como estação D. Pedro II e está aberta a visitação diariamente, das 9h às 17h, com acesso gratuito.

Telefone: 2224-8088 (Fundação Parques e Jardins)

Espero que gostem e se estiverem pelo centro do Rio de Janeiro não deixem de ir.

Imagens do Google

3 respostas para “Campo de Santana – Rio de Janeiro”

  1. Um espaço mais perto de quem mora nas Zonas Norte e Oeste que podia ser melhor explorado e no entanto abandonado…uma lástima! Também, estive no parque da cidade para fazer algumas fotos e fiquei horrorizada com a falta de cuidado de um local que outrora era tão lindo. Acabei indo fazer as fotos no Jardim Botânico, que cobra uma taxa de entrada, porém é lindo, super bem cuidado, com guardas por toda sua extensão e uma ótima infra-estrutura, mas confesso que fiquei chateada com o Parque da Cidade e o Campo de Santana, uma pena realmente o descaso das autoridades!

    • Realmente uma lástima esse abandono das autoridades além do fato de a população não dar valor a esses espaços e nem prezar por eles como deveria. Seria tudo tão melhor se cada um fizesse sua parte!!!

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